24.3 C
Manaus
quinta-feira, março 28, 2024

Manaus é a quarta capital com maior número de desocupados

TAXA DE DESOCUPAÇÃO

A taxa de desocupação do Amazonas no terceiro trimestre de 2017 foi de 16,0%. A variação em relação ao trimestre anterior foi de 0,5 pontos percentuais   com uma pequena variação para cima. Na comparação com mesmo trimestre do ano passado, a variação foi de 2,4 pontos percentuais indicando um forte crescimento na taxa. Com isso, o Estado alcançou a segunda maior taxa da série iniciada em 2012, atrás apenas do primeiro trimestre de 2017 que alcançou 17,7%.

Nos três trimestres de 2017, a taxa de desocupação do amazonense vem apresentando as maiores altas da série Com isso, o número de pessoas desocupadas vem aumentando.
Na Região Metropolitana de Manaus a taxa de desocupação no terceiro trimestre alcançou 19,6%, com uma variação de 0.8 pontos percentuais em relação ao trimestre anterior (18,8%). Na capital, a taxa foi de 21,1% no mesmo trimestre com crescimento de 1.3 pontos percentuais em relação ao trimestre anterior. Assim, a PNAD Contínua do IBGE levantou que o quadro mais grave de desocupação nos três níveis territoriais locais divulgados, ocorreu na capital Manaus.

NÍVEL DE OCUPAÇÃO

O nível de ocupação que representa o percentual de pessoas ocupadas em relação as pessoas em idade de trabalhar chegou a 51,8%% no terceiro trimestre, com uma variação de -2 pontos percentuais  em relação ao trimestre anterior e -2,3 pontos em relação ao mesmo trimestre do ano anterior.

Este indicador demonstra que a cada trimestre vem diminuindo o nível de ocupação, o que representa uma tendência negativa para o trabalho, e consequentemente a falta de vagas no mercado, agravando o quadro.

Entre as unidades da federação, o Amazonas está na 14ª posição no nivel de ocupação, onde a pior situação está em Alagoas 39,1%, e a melhor em Santa Catarina 61,1%.
TAXA DE PARTICIPAÇÃO NA FORÇA DE TRABALHO A taxa de participação na força de trabalho que é o percentual de pessoas na força de trabalho, na semana de referência, em relação às pessoas em idade de trabalhar; foi de 61,7% no terceiro trimestre. Em relação ao trimestre anterior essa taxa teve uma variação de -2 pontos percentuais. Na comparação com igual trimestre de 2016, a variação foi de -0.9 pontos percentuais.

INDICADORES (em mil pessoas)  POPULAÇÃO EM IDADE DE TRABALHAR

No segundo trimestre de 2017, a população em idade de trabalhar no Amazonas alcançou 2.905.000 pessoas. A variação teve um crescimento em relação ao trimestre anterior de 0,9%. Já na comparação com o mesmo trimestre do ano anterior (2016), a variação foi de 2,7%. Em um ano, o acréscimo de pessoas em idade de trabalhar no Estado foi de 76.000 pessoas.

NA FORÇA DE TRABALHO

A população na força de trabalho que compreende as pessoas que estavam ocupadas e as que estavam desocupadas (disponível para o trabalho). No terceiro trimestre desse ano, esse grupo alcançou 1.791.000 pessoas variando em relação ao trimestre anterior em -2,3% (-41.000 pessoas). Já com relação ao mesmo trimestre de 2016 a variação foi de 1,2%. Embora com queda no trimestre, este grupo quase sempre aumenta com a inserção de novas pessoas na força de trabalho. Somente em Manaus haviam 1.058.000 pessoas na força de trabalho. Este grupo é formado exatamente por trabalhadores que pressionam o mercado por vagas.

OCUPADA

No Amazonas, o número de pessoas ocupadas no terceiro trimestre de 2017 foi de 1.505.000 pessoas. A variação em relação ao trimestre anterior foi de -2,9% (-44.000 pessoas). Já com relação ao mesmo trimestre de 2016, a variação foi de -1.7% (-26.000 pessoas). O número de pessoas ocupadas tende a diminuir à medida que a taxa de desocupação aumenta. Somente a Região Metropolitana de Manaus diminuiu 16.000 pessoas ocupadas em relação ao trimestre anterior.

DESOCUPADA No terceiro trimestre de 2017, o número de pessoas desocupadas que procuraram trabalho no Estado foi de 287.000. Comparado com o trimestre anterior, a variação foi de 1,1% (3.000 pessoas). Já na comparação com igual período de 2016 avariação ficou em 19.3% (46.000). Na Região Metropolitana haviam 239.000 pessoas desocupadas e em Manaus 223.000 pessoas. Entre os Estados, o Amazonas está na 12ª posição com maior número de pessoas desocupadas. Já entre as capitais, Manaus está e, 4º lugar com maior número de desocupados.

FORA DA FORÇA DE TRABALHO

As pessoas que se declararam fora da força de trabalho são aquelas que não estavam ocupadas nem desocupadas. Ou seja, não tinham interesse em trabalhar por um motivo ou outro. Esse grupo alcançou 1.114.000 pessoas no terceiro trimestre de 2017. A variação em relação ao trimestre anterior foi de 6.5% (68.000 pessoas). E na comparação com igual trimestre do ano anterior(2016), a variação foi de 5.2% (55.000 pessoas).

POSIÇÃO NA OCUPAÇÃO

EMPREGADO DO SETOR PRIVADO COM CARTEIRA

Os empregados do setor privado com carteira de trabalho assinada tiveram um crescimento no trimestre de 7,7% o que significou mais 25.000 postos de trabalho. Aqui há uma boa notícia, as empresas que possibilitam o emprego formal, contrataram mais. Na comparação com o ano anterior, este item cresceu 4,7% com 16.000 postos a mais.

EMPREGADO DO SETOR PRIVADO SEM CARTEIRA

Os empregados do setor privado sem carteira de trabalho assinada, sofreram uma forte queda no trimestre em relação ao anterior (19,3%) com menos 35.000 postos de trabalho. Em relação ao ano anterior, a queda já alcançou 15,2% com menos 26.000 postos.
TRABALHADOR DOMÉSTICO

O trabalhador doméstico sofreu retração de 13,8% em relação ao trimestre anterior, o que significou menos 10.000 postos de trabalho.

EMPREGADO DO SETOR PÚBLICO

Empregado do setor publico praticamente manteve o mesmo numero do trimestre passado, com uma pequena queda de 1,5%. Mas, na comparação com o mesmo trimestre do ano passado, este grupo já acumula aumento de 23.000 postos de trabalho (9,7%).

EMPREGADOR

Empregadores tiveram crescimento no trimestre de 3.000 postos de trabalho e cresceram 5,9%, também acumulam crescimento em relação ao mesmo trimestre de 2016 (9,7%)

CONTA PRÓPRIA

Depois de ter caído no trimestre anterior, os conta própria voltaram a crescer nesse trimestre com mais 4.000 postos e 0,9% de aumento.

TRABALHADOR FAMILIAR AUXILIAR

As famílias contrataram menos mão-de-obra no terceiro trimestre. Com isso a queda para os trabalhadores familiares foi de 27.000 postos de trabalho ou menos 16,1%.

GRUPAMENTOS DE ATIVIDADE

Em relação ao número de pessoas ocupadas por grupamento de atividade, a administração pública e serviços sociais foi o grupo que apresentou o maior número de pessoas ocupadas (299 mil pessoas). Em segundo, foi a agropecuária com 290 mil pessoas ocupadas. Em terceiro foi o comércio, com 274 mil pessoas. E quarto foi a indústria, com 169 mil pessoas.

Em relação ao trimestre anterior, o número de pessoas ocupadas caiu no setor da agropecuária em 12 mil pessoas, ou seja, queda de 4,1%. No comércio, houve uma diminuição desse número em 18 mil pessoas, cerca de 6,2%. Na indústria, houve aumento de 6 mil pessoas ocupadas, cerca de 3,9%. No setor de transporte e armazenagem, houve uma diminuição de 13 mil pessoas, ou seja, 13,7%. Na construção, uma diminuição de 7 mil pessoas, ou seja, 8%.

RENDIMENTO MÉDIO REAL HABITUAL

O rendimento médio real habitual das pessoas ocupadas em todos os trabalhos, no 3º trimestre de 2017, foi de R$ 1.768, ou seja, R$ 20,00 a mais do que no 2º trimestre de 2017; e R$ 147,00 a mais em relação ao mesmo periodo do ano anterior.
Quanto aos rendimentos por grupamento de atividades, a agricultura e os serviços domésticos continuam sendo as atividades que pior remuneram seus trabalhadores (R$511,00 e R$671,00).

Por outro lado, administração pública e informação e comunicação são aquelas atividades que melhor remuneram seus colaboradores (R$2.877 e R$2.425 de média salarial, respectivamente).

Percentualmente, em relação ao trimestre anterior, foram os trabalhadores de transporte e armazenagem que tiveram os maiores ganhos (50,6%); junto com os da construção (32,1%). Já o rendimento médio dos trabalhadores da indústria apresentou a maior perda (-11,5%) em relação ao trimestre anterior.

Considerando os ganhos em valores monetários, os trabalhadores de transporte, armazenagem e correios lideraram o aumento dos ganhos com R$ 651,00 de aumento; seguidos da construção com R$ 363,00 de aumento em relação ao trimestre anterior.
Quanto a posição na ocupação, o empregado no setor privado apresentou o maior ganho percentual (3,0%) e o empregador foi o segundo maior (1,5%) em relação ao trimestre anterior. As maiores perdas ficaram por conta do empregado no setor privado sem carteira e do trabalhador por conta própria, -6,6% e -4,5%, respectivamente.

MASSA DE RENDIMENTO REAL HABITUAL

PESSOAS OCUPADAS (TODOS OS TRABALHOS)

A massa de rendimento das pessoas ocupadas no terceiro trimestre de 2017 atingiu 2 bilhões 410 milhões de reais. A variação em relação ao terceiro trimestre de 2016 foi de 7,8% o que representou um aumento em 173 milhões na massa de rendimento no estado do Amazonas. Já a variação em relação ao segundo trimestre de 2017, houve uma variação insignificante de 2 milhões de reais a menor.

A massa de rendimento das pessoas ocupadas é um importante indicador do aumento da renda e do poder de compra do trabalhador e funciona como um termômetro do quanto os salários arrecadaram dentro de um período e sua valorização permite antever possível aumento no consumo.

spot_img

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui