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quinta-feira, março 28, 2024

Combate à malária será feito de casa em casa na Capital

O combate à malária em Manaus será feito de casa em casa, principalmente nas áreas rurais onde é mais forte a presença da doença. Somente no primeiro semestre deste ano, forma 3,9 mil casos registrados, apresentando um crescimento de 13% em relação ao mesmo período do ano passado.

O incremento das ações foi anunciado nesta segunda-feira, 6/8, na Base de Endemias do bairro União da Vitória, pelo prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto, com investimento de R$ 3 milhões. De imediato serão contratados, por processo seletivo, mais 69 agentes de endemia que irão se juntar aos mais 283 já existentes no trabalho de busca ativa dos casos. A publicação da abertura do processo seletivo deverá ocorrer ainda esta semana no Diário Oficial do Município.

Arthur também fez um apelo à população para que recebam as equipes de combate à malária e procurem os postos de atendimento para outra campanha que também se inicia hoje, a de vacinação contra poliomielite. ”Vamos comprar, aproximadamente, 10 mil mosquiteiros e locar 24 automóveis que vão ficar à disposição da campanha contra a malária. É um apelo que eu faço para todos os pais, que aceitem a visitação do nosso pessoal e que procurem as unidades básicas para podermos dar as repostas, que é garantir uma vida saudável à população”.

Para as ações de intensificação foram selecionadas 32 localidades no Distrito de Saúde Rural e no Distrito de Saúde Leste, onde será instalados os mosquiteiros. A área de abrangência das ações correspondem a mais de 4,5 mil metros lineares de manejo ambiental.

De acordo com o secretário municipal de Saúde (Semsa), Marcelo Magaldi, os novos agentes comunitários vão entrar em campo para auxiliar os 283 já existentes na busca ativa, de casa em casa, principalmente nas zonas rurais da cidade de Manaus. “No Tarumã, no Puraquequara, na AM-10, na BR-174. A gente precisa trabalhar muito no sentido de não permitir que a malária entre, de novo, na área urbana de Manaus”.

O plano estabelece a contratação emergencial, por meio de processo seletivo de mais 69 agentes de Combates a Endemias para atuar no controle vetorial como borrifações, fumacê, tratamento químico e manejo ambiental nas áreas de maior concentração de casos; compra e implantação de 10 mil mosquiteiros impregnados com inseticida; aquisição de insumos e materiais necessários para o diagnóstico e para o manejo ambiental; revitalização da Base de Endemias da União da Vitória (já realizada); locação de 24 veículos utilitários, do tipo caminhonete.

A cidade de Manaus possui significativa receptividade entomológica e vulnerabilidade para o processo de transmissão da malária na área rural e algumas localidades urbanas. Tal situação, aliada a conjuntura socioeconômica, em função da expansão e ocupação desordenada (invasões) de áreas de mata, propiciam a disseminação e elevação dos indicadores epidemiológicos de incidência, expondo a população ao risco de contrair a doença.

A prática da piscicultura, abertura de estradas e ramais, balneários, retiros religiosos e outras atividades laborais em áreas de risco realizadas sem orientação técnica, regulamentação sanitária e ambiental, despontam como os principais fatores determinantes para a manutenção e dispersão tanto da doença quanto de seu vetor transmissor.

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