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quinta-feira, abril 18, 2024

Diminui a ociosidade na indústria, informa pesquisa da CNI

Sondagem Industrial mostra que a produção no setor aumentou em julho e os empresários esperam aumento da demanda, da compra de matérias-primas, do emprego e das exportações nos próximos seis meses

O indicador de utilização da capacidade instalada da indústria brasileira subiu para 68% em julho. Foi o maior percentual verificado no mês de julho dos últimos quatro anos, informa a Sondagem Industrial, divulgada nesta quarta-feira, 22 de agosto, pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). O uso da capacidade instalada foi maior nas grandes empresas, onde alcançou 73%. Nas médias, ficou em 66% e, nas pequenas, em 60%.

A queda na ociosidade é resultado do aumento da produção no setor. Conforme a pesquisa, o índice de evolução da produção alcançou 52,2 pontos em julho. Foi o segundo mês consecutivo que o índice ficou acima dos 50 pontos, o que indica o aumento da produção, depois da forte queda registrada em maio, por causa da greve dos caminhoneiros. O indicador de produção varia de zero a cem pontos. Quando está acima de 50 pontos, mostra aumento da produção.

“Estamos no início do segundo semestre do ano, quando costuma ter um aumento na atividade. Mas o resultado de julho deste ano foi mais forte do que em 2017 e melhor do que os de 2014, 2015 e 2016, quando a produção caiu por causa da crise”, avalia o economista da CNI Marcelo Azevedo.

Mas o emprego no setor continua caindo. O indicador do número de empregados ficou em 48,5 pontos e continua abaixo da linha divisória dos 50 pontos que separa a queda do aumento do emprego. A Sondagem Industrial mostra ainda que as indústrias estão com um pequeno acúmulo de estoques. O índice de nível de estoque efetivo em relação ao planejado subiu para 50,8 pontos em julho e ficou acima da linha divisória dos 50 pontos, mostrando que os estoques estão levemente maiores do que o planejado.

PERSPECTIVAS POSITIVAS – Os empresários estão mais otimistas. Todos os indicadores de expectativa ficaram acima dos 50 pontos em agosto, mostrando que os industriais esperam o aumento da demanda, da compra de matérias-primas, do número de empregados e das exportações nos próximos seis meses.

Diante de um cenário mais positivo, aumentou a disposição dos empresários para investir. O índice de intenção de investimento subiu para 51 pontos, 1,6 ponto acima do verificado em agosto, o que recupera apenas em parte a queda de 4,2 pontos registrados nos últimos cinco meses. O indicador de intenção de investimentos está 3,1 pontos acima do de agosto do ano passado.

Esta edição da Sondagem Industrial foi feita entre 1º e 13 de agosto com 2.257 empresas. Dessas, 932 são pequenas, 798 são médias e 527 são de grande porte.

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