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quinta-feira, março 28, 2024

Ex-líder comunitário e filho fazem atos obscenos para posseiras, ameaçam e são presos com arma de fogo

Uma operação da Secretaria de Segurança Pública (SSP-AM) para apurar denúncias de violência contra à mulher em uma comunidade rural de Canutama (a 649 quilômetros de Manaus) terminou com a prisão, nesta quarta-feira (15/08) de Maurício Arza Gualasua, 51, e o filho dele Halison Silva Gualasua, 23, com uma arma de fogo de fabricação caseira e uma espingarda. Ex-líder da comunidade rural Água Azul, Maurício foi alvo de denúncias de ameaça e prática de atos obscenos contra mulheres que se opunham a ele na briga pela ocupação de terras.

Durante a operação, 21 mulheres e três homens prestaram depoimentos contra Maurício Arza relatando as ameaças. A ação desenvolvida pela SSP-AM envolveu a Polícia Civil, Polícia Militar, Secretaria Executiva Adjunta de Operações (SEAOP), Delegacia Especializada em Crimes contra a Mulher e a Polícia Civil de Rondônia. A comunidade fica a 23 quilômetros de Porto Velho.

Ex líder comunitário e filho fazem atos obscenos para posseiras ameaçam e são presos com arma de fogo 2 | Amazonas Notícias

“O filho não agia, mas o pai queria inibir as mulheres e suas famílias quanto a ocupação das terras ali. Ele falava mal das mulheres e, se fizesse algum favor, já dizia que tinha dormido com ela. Ele chegou a mostrar o pênis para algumas mulheres e também fez ameaça. As vítimas disseram que ele sempre estava com a arma de fogo, nunca chegou a usar, mas a mostrava como forma de intimidação”, disse a delegada da Mulher, Débora Mafra.

As oitivas para apurar as denúncias de crimes como injúria, ameaça e ato obsceno começaram na terça-feira, após o caso ser denunciado a Secretaria de Segurança Pública, na semana passada. Enquanto testemunhas eram ouvidas pela titular de Delegacia da Mulher, Débora Mafra, outra equipe policial, comandada pelo delegado Divanilson Cavalcanti, da SEAOP, estava em campo para localizar o acusado. Ele e o filho foram presos em flagrante, em casa, pela posse irregular de arma de fogo. Segundo as vítimas, Maurício usava o armamento nas ameaças, mas o homem alegou que mantinha a arma para se proteger de inimigos.

“A gente percebe que por trás de tudo isso tem um litígio muito grande de terra e esse senhor tem uma medida protetiva dada diretamente pelo Ministério dos Direitos Humanos. Ele estava fazendo as mulheres do local ficarem com medo a ponto de quererem se mudar. Firmamos um acordo entre eles e Maurício foi conscientizado das consequências de continuar praticando aqueles atos”, acrescentou Mafra.

Os dois presos foram flagranteados por posse irregular de arma de fogo e ficaram detidos na Delegacia de Polícia Civil de Rondônia, que tem uma parceria formalizada com a PC-AM. O crime de posse irregular de arma de fogo é afiançável.

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