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sexta-feira, março 29, 2024

“Feita na selvageria”, reforma Trabalhista agravou problema da informalidade no Brasil, afirma Ciro Gomes

Mais de 13 milhões de pessoas estão desempregadas no Brasil. Os números foram divulgados nesta sexta-feira (29) pela pesquisa Pnad Contínua, do IBGE.

A pesquisa revela o crescimento da informalidade. Segundo o levantamento, mais de 300 mil pessoas começaram a trabalhar sem carteira assinada. Ao todo são mais de 34 milhões de trabalhadores sem emprego formal.

Em ano eleitoral, o drama do desemprego e da informalidade deve ser amplamente debatido pelos pré-candidatos ao Palácio do Planalto. Presidenciável pelo PDT, Ciro Gomes acredita que o aumento da informalidade é consequência, entre outras coisas, da reforma Trabalhista aprovada pelo governo Michel Temer, em 2017.

“Nós temos mais brasileiros na informalidade do que na formalidade. Agravou isso muito a tal ‘reforma Trabalhista’, que foi feita em uma selvageria que eu não suspeitava que no século XXI pudesse acontecer. O que não quer dizer que você não tenha que pôr em debate a institucionalidade da relação de trabalho. O mundo está se modernizando, não precisamos ter medo de reforma. Agora, o que não dá é para aviltar (depreciar), introduzir insegurança jurídica e insegurança econômica no mundo do trabalho porque a economia não anda”.

Para Ciro Gomes, as dificuldades para abrir uma empresa no país também agravam a situação do emprego. Segundo ele, o primeiro passo é facilitar o processo para abertura dos pequenos negócios.

“Você precisa entender as causas dessa informalidade. As causas são o excesso de burocracia na relação de trabalho, o excesso de burocracia na formalização de empresas. E isso aqui é uma coisa que você pode e deve resolver removendo um entulho que chega a ser caricato. Você, para formalizar uma pequena empresa, vai a 50 lugares ao mesmo tempo. Porque no mundo, as pessoas são sérias até que o Estado lhe prove o oposto, aqui no Brasil as pessoas têm que provar que são sérias contra o Estado. Isso não tem fundamento nenhum”.

Ainda de acordo com Ciro Gomes, além de estimular meios para a geração de emprego, o governo também precisa diminuir os impostos em cima da população mais pobre. E, por isso, caso eleito, o presidenciável afirma que vai implantar a cobrança de impostos proporcional à renda do cidadão.

Com a colaboração de João Paulo Machado, reportagem Tácido Rodrigues

#Eleições2018

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