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quinta-feira, março 28, 2024

Universitários aproveitam período folclórico para Empreender

Aproximadamente 70% dos universitários nos últimos 5 anos no Brasil começaram a empreender em algum tipo de negócio ainda na Universidade; destes, 48% chegaram a abrir seu próprio negócio antes da formatura. Os dados são da Endeavor e SEBRAE, levantados para a pesquisa Empreendedorismo nas Universidades Brasileiras em 2016.

Em Manaus, um grupo de seis estudantes de diferentes cursos resolveu aproveitar a teoria ensinada em sala de aula para colocar em prática noções de logística, marketing, administração, planejamento e contabilidade, entre outros. Eles resolveram não esperar a formatura e aproveitaram o período do Festival Folclórico, que entra no seu último final de semana, para iniciar um negócio de comida regional.

“Começamos com o desenvolvimento de um produto para a Feira de Empreendedorismo da Faculdade cujo tema era Culinária exótica regional. Tivemos que pensar o cálculo, tempo de vida do alimento, proporções, custos iniciais, até a marca, como comunicar, chamar a atenção para o produto, entre outros fatores”, conta a universitária Rejina Abtbol, do curso de Processos Gerenciais da Faculdade DeVry Martha Falcão.

Denominado Cabocones, um cone de massa salgada com recheio salgados e doces, logo ganhou os corredores da faculdade. Para apresentação do trabalho, foram criadas redes sociais com a marca e a fotografia, que logo chamou a atenção na Internet, o que contribui para a decisão do grupo de “tocar o negócio”.

Com uma barraca dentro do Festival Folclórico do CSU, no Parque Dez, eles conseguiram um patrocinador e um investidor para adquirir os ingredientes iniciais e poder vender os cinco sabores criados: tacacá, polenta com calabresa, brigadeiro de açaí, brigadeiro com pimenta e banana.

“Percebemos que nosso produto tinha potencial e imediatamente entramos em contato com a organização do Festival do CSU. Não tínhamos recursos ainda, mas fomos atrás de patrocinador e investidor e vem dando certa”, conta Rejinal Abtbol. Inicialmente, os recursos levantado serão utilizados para bancar os custos com a formatura dos seis alunos, mas a empresa já funciona de forma organizada. “Temos escala de trabalho, fluxo de caixa, estudo de logística para economizar na compra e transporte do produto, cálculo da quantidade de ingrediente e de produtos que rende por noite, além trabalharmos a divulgação também, principalmente nas redes sociais. Já rolou até uma demissão da pessoa que não entendeu que não estamos aqui apenas na amizade”, conta.

O estudante Cássio Viana, do curso de Marketing, ressalta o aprendizado que grupo vem ganhando com a experiência. Para ele, esse período tem sido essencial para acertar o que não deu certo e continuar com mais intensidade depois da formatura. Da montagem do cone à elaboração da folheteria de divulgação, tudo é feito pelos alunos.

“Este ano realizamos a primeira Feira do Empreendedorismo e que já rendeu ótimos frutos. Fazemos questão de acompanhar e orientar essas iniciativas porque é o conhecimento aplicado com a geração de lucro. Eles inclusive servem de case dentro da instituição”, afirmou a coordenadora dos cursos de Administração, Tecnológos e de Marketing, Rosy Jane de Holanda.

Pausa

O festival teve início no dia 7/7 e durante todas as noites se apresentaram no palco do evento mais de 120 grupos, entre danças internacionais, nordestinas, cirandas e quadrilhas. Até a última noite de festival, neste domingo (13), agentes da Semmasdh estarão no local orientando e sensibilizando o público sobre as ações em defesa da garantia de direitos das crianças e adolescentes, sobre o combate ao trabalho infantil e à exploração sexual de crianças e adolescentes.

Jovens empreendedores

Hoje, 6% dos universitários brasileiros já são empreendedores e outros 21% pretendem empreender no futuro. Entre aqueles que já têm uma empresa, 30% não têm sequer um funcionário e 93% possuem até dez empregados. São, portanto, em sua maioria, microempreendedores e geram emprego.

O estudo Empreendedorismo nas Universidades Brasileiras em 2016 entrevistou 2.230 alunos e 680 professores pertencentes a mais de 70 instituições de ensino superior de todas as regiões do país.
O principal objetivo é conscientizar as Instituições de Ensino Superior sobre o poder em contribuir com o desenvolvimento econômico e social do Brasil, atuando como um agente-chave do desenvolvimento do ecossistema empreendedor local.

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